O SPC Serasa informou que em 2019, três a cada dez pessoas com idade entre 65 e 84 anos estão com o nome negativado.
Em 2019, muitos idosos passaram a integrar esta estatística da inadimplência, principalmente, após tomarem empréstimos consignados. Porém, esta inadimplência não ocorre por causa do empréstimo diretamente, já que a parcela é descontada diretamente na aposentadoria. A grande questão é o reflexo deste desconto: com a renda comprometida, o aposentado fica sem dinheiro para pagar as contas do dia a dia.
Como a taxa de juros ao ano para empréstimos consignados com desconto direto no benefício é menor que outras formas de crédito, fazendo com que as pessoas optem por esta modalidade.
Outra questão que contribuiu para o aumento da inadimplência entre pessoas com mais de 60 anos, é o cenário econômico do País com parcela da população desempregada, desalentada ou buscando empreender. Além disso, a inflação nos produtos comprados mais frequentemente por idosos, como remédios e alimentos também influencia nos gastos mensais.
Com o aumento do desemprego, os chefes de famílias acabaram por recorrer aos idosos como fonte adicional de crédito e de renda, especialmente pela facilidade de acesso ao crédito consignado, sem a organização financeira necessária, não conseguindo ressarcir os idosos dos valores das parcelas do empréstimo.
O INSS tem buscado meios de dificultar o assédio das financeiras aos idosos e, judicialmente, o limite de 30% dos rendimentos do idoso tem sido preservados. Porém, o endividamento da população ainda é bastante grande, especialmente pela falta de educação financeira da população.
É importante observar a rotina dos idosos, pois eles dão indícios de que algo está errado. Redução na qualidade na alimentação, a repetição da informação de que “não tem dinheiro”, reclamações sobre o custo de itens que eram habituais em suas rotinas, filhos sem capacidade financeira aparecem com compras e investimentos fora da sua realidade, enfim, a informação dá pequenas mostras. Basta ficar atento!
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