Muito se fala sobre a população idosa como aqueles que dependem da família, de terceiros, das políticas públicas. Porém, temos uma parcela da população que mantém suas famílias e, em partes, são pessoas que não terão acesso a este recurso com a morte do idoso, pois não se enquadram nos requisitos para receber pensão.
Este dado, bastante positivo, apresentam algumas questões em segundo plano. . A maior parte dos provedores são idosos homens, pois as mulheres idosas ainda compõem uma parcela da população que não trabalhava fora. . Valor fixo mensal, depositado sem atraso, mais especificamente dos aposentados e pensionistas, são fatores que tornam os idosos vítimas fáceis de empréstimos consignados e de endividamento em nome da família. . Outra questão verificada, são os novos rearranjos familiares, onde os filhos e netos seguem morando na mesma residência que os idosos, criando um ambiente propício de conflitos ou de relação de dependência não apenas financeira, mais emocional entre todos. . Esta dependência e nova formatação familiar pode ser bastante positiva! Isto quando os indivíduos que convivem conseguem manter suas individualidades, preservam seus papéis e o respeito pela situação e função de cada um e, essencialmente, quando a dependência financeira é entendida como passageira ou acordada entre aquele que provém e o que é provido. . Não deve ser ponto de conflito a relação de auxílio entre os familiares. O que não pode é ser uma obrigação dos idosos em manter financeiramente suas famílias por postura ou decisão individual de seus filhos e netos.
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