A ideia generalista é de que a população idosa está nas áreas rurais. Porém, o êxodo rural dos anos 80 está concentrando, neste momento, a população envelhecida nas áreas urbanas.
O Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos, divulgado em 2018, trouxe uma informação importante para a organização das políticas públicas sobre concentração populacional.
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Quando consideramos a população com 50 anos ou mais, cerca de 85% desta parcela populacional está concentrada nas áreas urbanas.
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Este é um reflexo do aumento da longevidade do brasileiro com a grande concentração das pessoas nas áreas urbanas, que se fortaleceu a partir das décadas de 70 e 80, quando inicia-se o êxodo rural.
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Em busca de oportunidades de trabalho, de ascensão social, de capacitação e formação universitária, os moradores das áreas rurais se deslocam para os centros urbanos. Sabe-se que muitos não conseguiram atingir seus anseios, salvo o emprego e a manutenção de suas vidas. Muitos foram empurrados para as periferias e as condições de miserabilidade social. Porém, não se pode negar a longevidade alcançada.
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Hoje percebe-se um retorno para as áreas rurais, porém o número de pessoas ainda não será tão importante ao ponto de diminuir a concentração dos idosos nas áreas urbanas. Claro que, se verificarmos apenas as zonas rurais, lá temos uma maior parte da população com 60 anos ou mais, o que faz o envelhecimento populacional urbano ser mais perceptível daqui para diante.
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E o que isso significa? Bom, é necessário adequar o atendimento à esta população. Parece que repito a mesma informação em tudo que escrevo. Mas esta é a realidade! Para uma população que envelhece, é necessário adequar os equipamentos urbanos (praças, passeios, calçadas, acessos aos serviços, etc), adequar os serviços prestados, verificar as necessidades destas pessoas.
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Ainda não incluímos o envelhecimento, de fato, nas políticas públicas. De maneira muito tímida, vemos ações isoladas - geralmente na área da saúde e assistência social - direcionadas aqueles que já estão com 60 anos ou mais.
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Se focássemos no ENVELHECIMENTO, em dez anos, conseguiríamos dar mais qualidade de vida aos futuros idosos. Mas sem a prática do planejamento para o envelhecimento, esta ainda é uma realidade muito distante, que, para acontecer, ainda depende exclusivamente da vontade, capacidade e mobilização individual de cada cidadão.
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Acompanhe a série de textos sobre os Dados do Envelhecimento que estão no meu site! www.arianeangioletti.com e dê seu feedback sobre eles, com comentários e sugestões!